segunda-feira, 31 de março de 2014

Obesidade entre as crianças atinge índices de epidemia no Brasil

Nos últimos 30 anos, o Brasil reduziu significativamente a desnutrição infantil, mas o problema coexiste hoje com a obesidade.

Fenômeno recente da insegurança alimentar e nutricional que pode se expressar na população independentemente de sexo, idade, raça ou classe social.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que 15% das crianças com idade entre 5 e 9 anos têm obesidade. Uma em cada três não chegaram ao nível da obesidade, mas estão com peso acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde.

Alimentos básicos x processados

A coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Patrícia Jaime, afirma que a mesma pesquisa mostra que parcela importante das crianças não consome de forma regular alimentos básicos e naturais, como legumes, verduras e frutas. "Obviamente isso pode ser explicado por uma mudança no padrão de consumo da população brasileira que resultou em uma diminuição do consumo dos alimentos básicos, tradicionais, da dieta brasileira, que dialogavam com nossa cultura alimentar, de cada região, pela introdução de alimentos cada vez mais processados, industrializados, modificando não só a qualidade da dieta do ponto de vista nutricional, mas os comportamentos e os hábitos alimentares, como comer em casa, comer em família, o comer compartilhado, por uma substituição por comer em frente à televisão, por comportamentos que não são saudáveis."

A pesquisa de orçamentos familiares do IBGE mostra que pão, biscoitos, macarrão e arroz são responsáveis por 35% das calorias consumidas pelo brasileiro em casa. Refrigerantes e doces somam 13% dos produtos consumidos, acima inclusive das carnes com 12,6%. Frutas e sucos naturais são só 2% do que é comprado, e legumes e verduras 0,8%.

Ana Claudia Bessa, mãe de dois filhos, integra o Coletivo Infância Livre de Consumismo. Ela se preocupa com a alimentação dos filhos e dá preferência a produtos naturais. Ela reconhece, no entanto, que muitas vezes as informações acerca dos produtos não são claras, o que pode levar os pais ao erro. 

Ingestão de açúcar

"No suco de caixinha está escrito: seu filho cresce saudável e se diverte. Eu entrei no site do Del Valle e peguei a composição do suco de morango. Primeiro, o ingrediente que tem mais é água, depois açúcar, ou seja, antes do suco da fruta tem açúcar, suco de morango, cálcio, reguladores de acidez, aroma idêntico ao natural, isso é artificial, estabilizantes goma aguar, acetato de isoburato de sacarose e goma éster e corante natural carmin."

A coordenadora do projeto Genética de Transtornos Alimentares da Universidade de São Paulo, Sophie Deram, lembra que a OMS recomenda que não passe de 10% a ingestão de açúcar na dieta diária.

Ela explica que o consumo regular de alimentos e bebidas adoçados pode levar a um ciclo de dependência química. "Na verdade, atua no mesmo receptor da recompensa da cocaína. Realmente, no seu cérebro, ele recebe uma recompensa muito forte com o açúcar e quanto mais açúcar, mais complicado. A criança obesa não é uma criança preguiçosa, uma criança que só tem gula, que não tem força de vontade. É uma resposta bioquímica. Vai aumentar o apetite e vai diminuir a atividade física. Vai se sentir mais cansada e vai querer comer mais. Comendo mais, ela vai ter risco de entrar em resistência insulínica e ter risco de diabetes."

O endocrinologista Paulo César Alves da Silva, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia, considera que a obesidade infantil já atingiu índices de epidemia e alerta que crianças e adolescentes obesos terão mais probabilidade de continuarem obesos na fase adulta. "O excesso de peso em crianças e adolescentes causa mais morte que a desnutrição hoje. Os pais precisam que o médico os estimule a considerar que a obesidade é uma doença e não simplesmente uma situação estética que a criança esteja com mais peso e a puberdade já é por si um estado de relativa resistência insulínica, ou seja, comida errada aqui com o hormônio lipogênico como a insulina é sinal de excesso de peso caminhando." 

Falta de informação

A diretora da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (Abeso), Maria Edna de Melo, avalia que a falta de informação sobre a obesidade infantil é o principal problema a ser combatido. "Na prática quando a gente começa a atender o paciente, começa a conversar com a família, eles têm muitas ideias erradas. A começar pelo próprio grau de adiposidade das crianças, porque quando a gente coloca a criança no gráfico lá e diz 'a criança está obesa', a mãe fica muito brava com a gente e diz que não é verdade. As ideias erradas com relação à alimentação são o maior problema que a gente tem. Elas têm várias fontes de revistas, falta uma educação nutricional boa e falta assistência nutricional."

Maria Edna de Melo elogiou projeto de lei em discussão na Câmara (PL 3874/12) que cria a Semana de Mobilização Nacional contra a Obesidade Infantil. Em seminário realizado na Casa, especialistas foram unânimes em afirmar que a prevenção é a melhor política para atacar o problema. 


Matéria publicada pelo site EBC 

quarta-feira, 26 de março de 2014

Movimentar o corpo é importante para evitar dores ao longo da vida

Com o passar dos anos, as pessoas vão ficando mais velhas e costumam reclamar cada vez mais de dores no corpo. 

Segundo a reumatologista Evelin Goldenberg, isso acontece porque há um desgaste natural das articulações e cartilagens, que favorecem as dores. Se o corpo fica parado, o risco desses problemas ao longo da vida é muito maior e, por isso, a dica é sempre se movimentar o máximo possível e fazer atividades físicas.

Uma das maneiras de fazer isso é a dança. Passos com saltos ou agachados são alguns dos principais da dança, que movimenta bastante o corpo. No entanto, no início, é fundamental tomar cuidado para não prejudicar a coluna.

A escoliose é uma alteração no alinhamento da coluna, que sofre uma rotação e fica similar à letra "S", deixando ainda um dos ombros mais baixo do que o outro. Além da aparência, esse problema, que é mais comum em mulheres e adolescentes, pode também provocar dores musculares.

O diagnóstico é feito através de uma radiografia que mede o ângulo que a coluna faz - se tiver menos de 20 graus, é só acompanhar a evolução para ver se não piora; se tiver entre 20 e 40 graus, é preciso usar um colete para ajudar a coluna; se tiver mais de 40 graus, o médico pode indicar até mesmo a cirurgia.

No entanto, o médico alerta que a grande maioria dos casos é considerada escoliose de baixo grau. Hábitos saudáveis, como esporte, caminhada e fisioterapia, já ajudam a corrigir e a tratar.

Estima-se que 80% das pessoas terá dor nas costas em algum momento da vida e, em alguns casos, a culpada é a escoliose - no entanto, a maioria dos casos não causa dor ou incômodo.

A pediatra Ana Escobar explica que a dor nas costas é um sintoma de uma série de doenças, desde problemas na coluna, como hérnia de 
disco, ou em outras partes no corpo, como pedra nos rins, disfunção na ATM ou até endometriose. Por isso, é sempre importante investigar.

Gota
A gota ocorre quando o corpo não consegue eliminar o ácido úrico produzido em excesso, ou quando fabrica muito mais do que deveria. Esse ácido, então, acumula-se nas articulações (punhos, cotovelos, tornozelos, joelhos e pés), cristaliza-se e causa uma inflamação.

Pacientes com gota, portanto, devem evitar alguns alimentos, especialmente aqueles que têm alto teor de purina, uma das substâncias responsáveis por criar o ácido úrico. Peixes e frutos do mar, como sardinha, salmão, bacalhau, ovas de peixe, camarão e caranguejo, por exemplo, são alguns deles.

De acordo com a reumatologista Evelin Goldenberg, esses alimentos não são bons para quem tem problemas nas articulações justamente porque têm purina, a proteína que pode agravar as dores. Isso acontece porque a purina, ao ser ingerida, é processada no fígado, transformando-se em ácido úrico. Esse ácido úrico, em excesso, pode se acumular nas articulações e formar cristais, causadores da inflamação e da dor.

Matéria publicada pelo site Globo.com

segunda-feira, 24 de março de 2014

Saiba como evitar a anemia em crianças e adolescentes

Alimentos industrializados, ricos em açúcar, favorecem o sobrepeso e tendem a disfarçar a percepção da doença.

A praticidade dos alimentos industrializados pode favorecer quadros de anemia em crianças e adolescentes devido à falta de nutrientes fundamentais ao desenvolvimento. Por outro lado, o excesso de sódio, açúcar e gordura, que realçam o sabor desses produtos, pode contribuir para quadros de sobrepeso e obesidade, que tendem a camuflar a desnutrição da doença. Esse é um quadro que pode desencadear outros problemas, como diabetes e hipertensão arterial.

A anemia é um distúrbio de redução de células do sangue (eritrócitos) ou de hemoglobina. As hemácias são as células que conduzem o oxigênio para o corpo e, quando a quantidade delas se reduz, a anemia aparece. O coração bombeia uma quantidade de sangue suficiente para suprir a oxigenação e os nutrientes de todo organismo.

— Se a criança está anêmica, ela acaba não recebendo a oxigenação necessária, o que descompensa o coração e traz desconforto ao paciente. — Explica a médica Patrícia Elías.

O sangue que circula pelo corpo precisa de nutrientes e oxigênio suficientes para um bom funcionamento do organismo, do contrário a criança se sentirá mais cansada. Para evitar a patologia, é preciso garantir a ingestão de alguns alimentos. As folhas verdes, por exemplo, são ricas em ácido fólico. Já a vitamina B12 é encontrada em produtos de origem animal, enquanto o ferro pode ser obtido a partir do feijão, da beterraba, do espinafre e das carnes vermelhas.

— No exame clínico, é possível identificar sinais da anemia, como fraqueza, cansaço, palidez de pele e mucosas. Para o diagnóstico, é necessário realizar exame de sangue regularmente— enfatiza Patrícia.

Se a má alimentação for mantida, a criança poderá sentir alteração com o processo de aprendizagem. Com isso, a memória é afetada. O pequeno irá sofrer com falta de concentração, o que pode comprometer seu rendimento escolar.

Quando diagnosticado, o tratamento para o distúrbio poderá ser feito com sulfato ferroso e alimentação saudável. Em casos mais graves de anemia, o tratamento poderá ser transfusional, que é o processo de transferir sangue de um doador para o sistema circulatório de um receptor.


Matéria publicada no site pelo site Zero Hora

sábado, 22 de março de 2014

Falta de sono pode provocar perda de neurônios, diz pesquisa

Estudo, feito em camundongos, identificou morte de 25% de certas células do cérebro após noites mal dormidas.

A falta de sono pode ter consequências mais sérias do que se imaginava, como a perda permanente de neurônios, revela um novo estudo feito por cientistas americanos.

Em camundongos, a falta prolongada de sono levou à morte de 25% de certas células do cérebro, destaca a pesquisa, publicada na revista científica The Journal of Neuroscience.

Cientistas responsáveis pelo estudo acreditam que se o resultado for semelhante em humanos, seria inútil tentar 'compensar' as horas de sono perdidas.

Eles estimam que um dia será possível desenvolver uma droga para proteger o cérebro dos efeitos negativos das noites mal dormidas.

O estudo analisou ratos de laboratório que foram mantidos acordados para replicar a falta de sono tão característica da vida moderna, ora por turnos de trabalho noturnos ou horas demais passadas no escritório.

Análise
Para conduzir a pesquisa, uma equipe de cientistas da Universidade da Escola de Medicina da Pensilvânia estudou certas células do cérebro que mantêm o cérebro alerta.

Dias depois de seguirem um padrão de sono semelhante àquele dos que normalmente trabalham em turnos noturnos - três dias de jornadas noturnas com apenas quatro a cinco horas de sono durante o dia - o camundongos perderam 25% de seus neurônios, em parte do tronco cerebral.

Os pesquisadores dizem que essa é a primeira evidência de que a falta de sono pode levar à morte de células do cérebro.

Eles acrescentam, entretanto, que mais pesquisas são necessárias para descobrir se pessoas que dormem pouco correriam maior risco de dano cerebral permanente.

Segundo uma das responsáveis pela pesquisa, Sigrid Veasey, 'nós temos evidência de que a falta de sono pode levar a uma lesão irreversível'.

'Isso pode ter acontecido em um animal simples, mas indica que nós precisamos pesquisar melhor esse efeito em humanos'.

Ela afirmou que o próximo passo é fazer um exame post-mortem nos cérebros de pessoas que dormiam pouco para buscar indícios de perda de células cerebrais.

A longo prazo, os cientistas acreditam ser possível desenvolver um medicamento para proteger os neurônios, ao estimular a química natural envolvida na recuperação do sono.

Segundo Hugh Piggins, da Universidade de Manchester, o experimento indica o que pode dar errado no cérebro humano a partir do estudo em ratos.

'Os autores traçam paralelos com as pessoas que trabalham em turnos à noite e sugerem como a privação crônica de sono pode afetar negativamente não só a saúde física, mas também mental', disse Piggins.

'Essa hipótese terá de ser, no entanto, testada com mais pesquisas. No entanto, é consistente com muitos relatos médicos sobre a importância dos ciclos de sono para a melhoria do bem estar.'

Fonte: BBC Brasil

quinta-feira, 20 de março de 2014

Sedentarismo aumenta em 40% o risco de câncer de mama

Estar de bem com a balança não é o suficiente para evitar o cancro da mama, segundo especialistas. 

A vida ativa, composta por exercícios físicos regulares, que faz a diferença, independente se a pessoa for magra ou estiver acima do peso. Uma análise com duração de 13 anos mostrou que a incidência da doença está claramente ligada ao sedentarismo. As mulheres que fizeram exercícios menos do que o recomendado no período foram 40% mais propensas do que as que executaram atividades físicas com frequência. 

Mesmo as atividades diárias comuns, como a realização de compras ou brincar com as crianças, ajudam. E não importa a faixa etária para começar a ter uma vida mais ativa. O estudo conversou com mais de 19 mil mulheres com idade média de 56 anos sobre a saúde, hábitos e regularidade de atividades físicas. Após 13 anos, um novo diálogo sobre a saúde foi feito. Cerca de 900 das participantes foram diagnosticadas com câncer de mama.

Ylva Trolle Lagerros, investigadora e médica do Instituto Karolinska, em Estocolmo, disse que ainda é possível reduzir o risco de câncer de mama por ser fisicamente ativa, mesmo se estiver com peso normal. Ela acrescentou que atividades como caminhar para o trabalho, brincar com os netos e jardinagem entram na conta. “O seu corpo não se importa se está a transportar mantimentos para casa ou se está no ginásio, é a quantidade total de exercício por dia que importa”, disse.

O investigador Trolle Lagerros descobriu que o excesso de peso aumenta o risco da doença em 20%, a obesidade em 58%. O câncer de mama é o mais comum na Grã-Bretanha, com quase 50 mil mulheres diagnosticadas por ano.

É a segunda maior causa de morte por câncer entre as mulheres depois do câncer do pulmão. "O nosso estudo mostra que as mulheres na pós-menopausa podem diminuir o risco de cancro da mama com exercícios e perda de peso - que é uma mensagem de saúde pública clara", disse Lagerros.


Matéria publicada pelo site RCM Pharma 

quarta-feira, 19 de março de 2014

Entenda por que o café da manhã é tão importante e saiba como montar uma refeição saudável

De acordo com pesquisa do IBGE, quase 40% dos estudantes brasileiros não fazem o desjejum. 

A clássica cena do comercial de margarina que mostra a família reunida no café da manhã está cada vez mais difícil de se ver na realidade. As facilidades da comida pronta e a pressa matinal para sair de casa têm levado muita gente a trocar o tradicional pão com manteiga pela bolacha de pacotinho ou o croissant da cantina. Por mais prático que possa parecer, os especialistas lembram: alimentar-se mal pela manhã ou pular essa refeição atrapalha o metabolismo e prejudica o aprendizado, especialmente dos mais jovens.

Ainda assim, os estudantes brasileiros não parecem estar muito preocupados com isso. A Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE), realizada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que quase 40% deles não tomam café da manhã. Diversos estudos revelam que isso pode trazer problemas cognitivos, com redução da memória e prejuízos ao raciocínio.

Um dos mais recentes, publicado em Public Health Nutrition e desenvolvido pela Universidade de Umea, na Suécia, apontou mais um problema: jovens que tomam um café da manhã pobre em nutrientes ou pulam essa refeição tiveram uma incidência 68% maior de síndrome metabólica na fase adulta, ou seja, desenvolveram fatores de risco para diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares como obesidade abdominal e altos níveis de glicose no sangue.

De acordo com a nutricionista do Centro da Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas da PUCRS Anália Barhouch, pular o café da manhã pode levar ao aumento de peso. Como o organismo fica muito tempo em jejum, passa a guardar energia e a gastar o mínimo possível para realizar as tarefas básicas.

— Quando acordamos, é necessário equilibrar o nosso metabolismo, após o longo período de jejum em que passamos dormindo, para repor as energias gastas e fornecer o suficiente para começar o dia. As pessoas que deixam de se alimentar de manhã comem mais nas próximas refeições e escolhem alimentos mais calóricos e gordurosos — afirma Anália.

Maior desempenho cognitivo e atenção

Ainda segundo a nutricionista, outros estudos observaram um aumento dos níveis de colesterol nas pessoas que optam pelo jejum matinal. Os motivos ainda não são claros, mas um dos fatores pode ser o perfil dessas pessoas, que preferem alimentos menos saudáveis.

— As pessoas que tomam o café da manhã tendem a ser adultos que se exercitam, não fumam, não consomem bebidas alcoólicas com frequência e mantêm o peso sob controle — afirma a nutricionista e professora da Universidade Feevale Claudia Winter.

De olho no cardápio

Segundo a nutricionista Anália Barhouch, o café da manhã deve fornecer no mínimo 15% das calorias necessárias do dia, variando de acordo com o gasto de energia e metabolismo de cada pessoa com relação à idade, ao sexo, à rotina de trabalho e à atividade física. O importante é manter o equilíbrio nas escolhas dos alimentos. Ela indica as opções mais saudáveis e as que podem ser descartadas.

O que comer?

Cereais e pães: fornecem energia para o dia. Os integrais garantem mais fibras e antioxidantes para a dieta, nutrientes que ajudam o bom funcionamento intestinal e previnem doenças.

Ovos, leite e derivados: fornecem proteínas, que são responsáveis pela formação e manutenção dos tecidos, e cálcio (encontrado em leite e derivados), um mineral importante na formação e manutenção do tecido ósseo e também na contração muscular. Prefira os desnatados ou semidesnatados e o queijo branco. O requeijão deve ser consumido com moderação.

Frutas ou sucos de fruta naturais: são fonte de vitaminas e minerais, responsáveis pela regulação de diversas funções no organismo. Evite acrescentar açúcar.

O que evitar?

Alimentos ricos em açúcares e gorduras: cereais matinais açucarados, bolos e bolachas recheados, manteiga, nata, leite e derivados integrais, queijos amarelos e embutidos. É bom lembrar que o peito de peru e o chester também são alimentos embutidos, ricos em sódio, conservantes e corantes e ainda passam por um processo artificial de defumação. Portanto, é preciso cautela na hora de consumir.

O desjejum!

Das crianças deve ter uma fonte de carboidrato (pão ou cereal sem açúcar), uma fonte proteica (queijo, leite, iogurte), uma fruta e pode ter uma fonte de gordura para passar no pão, que dará energia. Prefira alimentos ricos em vitaminas do complexo B, que disponibilizam mais energia para o crescimento infantil.

Dos adultos também deve ter todos os grupos de alimentos (carboidratos, proteínas e lipídios). Mas vale ficar atento ao tipo de pão (de preferência, integral) e optar por leites e iogurtes desnatados (por conterem menos gordura). Dependendo do tipo de atividade e da condição nutricional de cada pessoa, as quantidades devem ser controladas e individualizadas.

Dos idosos deve ter uma fonte de proteína, outra de carboidratos e o consumo de frutas e cereais integrais, que proporcionam uma refeição equilibrada, reforçando o controle da ingestão de cálcio com uma fonte láctea. Idosos têm um metabolismo basal (quantidade de calorias que o corpo precisa) reduzido e, por isso, devem evitar o excesso de alimentos ao longo do dia. Nessa fase, é mais comum o aparecimento de doenças crônicas como hipertensão, diabetes e dislipidemias (aumento de lipídios no sangue), e o café da manhã pode ser um aliado. Estudos comprovam uma associação entre as doenças cardiovasculares e a ausência da refeição na rotina.

Para quem vai praticar esportes deve ter como prioridade o consumo de carboidratos de baixo índice glicêmico, pois demoram mais tempo para serem digeridos e absorvidos, mantendo níveis de insulina no organismo baixos no organismo. Pães integrais, salada de frutas, açaí, banana, cereais como linhaça e aveia podem ser consumidos em parceria com os alimentos proteicos, como leite, iogurtes, queijos e ovos, para recuperação muscular. Entretanto, se o tempo entre o café da manhã e o horário do treino for inferior a uma hora e meia, priorize apenas os carboidratos e dispense os alimentos proteicos e as gorduras para evitar desconfortos gastrointestinais. Esses alimentos devem ser ingeridos após a atividade física. O jejum sempre é contraindicado, pois poderá causar hipoglicemia.

Para quem vai estudar ou trabalhar é indispensável, pois estimula o metabolismo e fornece nutrientes e energia necessária para iniciar o dia. O café da manhã deve ser composto de alimentos fontes de energia como pães e cereais integrais, geleias e frutas. Os produtos proteicos também são importantes porque são fontes de vitaminas do complexo B que auxiliam na memória. Entre eles estão ovos, leites e derivados e também as sementes como nozes, castanhas e amêndoas.

Matéria publicada pelo site ZERO HORA

terça-feira, 18 de março de 2014

Comer a cada três horas é realmente importante?

Com tanta informação nas redes sociais, vejo muitas pessoas na dúvida se devem ou não comer a cada três horas, como é sempre dito pelos nutricionistas. 

Ainda mais quando você se depara com uma mulher com corpo escultural dizendo que come no máximo duas vezes ao dia e que faz exercícios em jejum.

O dia a dia do paulistano costuma começar bem corrido e para economizar tempo, normalmente o café da manhã é deixado de lado e a primeira refeição realizada acaba sendo o almoço. E aí, no corre corre da tarde, o estomago pode até reclamar de fome mas normalmente são tantas as atividades a realizar que falta tempo novamente para um pequeno lanche. Isso ocorre porque a maior parte das pessoas ignora os prejuízos que o não fracionamento das refeições pode acarretar.

Estudos recentes mostram que o organismo responde mau a períodos prolongados em jejum, trazendo grandes prejuízos como redução no gasto metabólico. Ou seja, o organismo para de realizar algumas reações a fim de economizar energia. Ocorre queda no sistema imunológico, queda na disposição, na memória, capacidade de aprendizado, entre outros prejuízos.

Como podemos perceber, ficar em jejum não é um hábito nada saudável, mesmo para quem quer perder peso, uma vez que a capacidade do organismo em gastar calorias é reduzida, além disso, pode ocorrer perda de tecido magro (músculo) o que causa a flacidez. O apetite na próxima refeição será maior o que fará a pessoa comer mais e gerar mais gordura localizada.

Para quem quer apenas se manter saudável, o jejum também não é uma boa opção, devido aos danos causados no sistema imune (que é nosso sistema de defesa, nos deixando mais suscetíveis a infecções), perda memória, inicio de gastrite, mau funcionamento do intestino, entre outros danos.

Para praticar exercícios, comer é imprescindível, seja para ganho de massa muscular ou para queima de gordura. Isso porque o corpo precisa de energia (proveniente de carboidratos) para queimar gordura ou para produzir músculos. Os carboidratos são conhecidos como poupadores de músculos, já que na presença desses o organismo tem bastante energia e não precisa quebrar músculo para produzi-la. Para entender melhor isso, vou contar a vocês o custo de cada uma das nossas moedas energéticas usadas na ausência de carboidratos no sangue, ou seja, no jejum. 

São elas: a gordura e músculo. Para produzir energia a partir da gordura o corpo gasta 9 calorias por grama de gordura quebrada, já para produzir energia a partir de proteínas (músculo) são usadas apenas 4 calorias, ou seja, queimar proteína (músculo) é mais barato para o corpo do que queimar gordura. Logo, no jejum, a tendência é que o organismo quebre músculo para produzir energia e, considerando-se que músculo é pesado ao perdê-lo, você certamente irá baixar o ponteiro da balança, mas definitivamente não será de uma maneira saudável!

O ideal para evitar qualquer prejuízo ao organismo é manter as refeições fracionadas, nunca ficando mais de três, quatro horas sem se alimentar. Isso te obrigará a realizar um número maior de refeições e com volumes menores já que você sentirá menos fome e sua digestão será mais fácil e você com certeza se sentirá mais disposto! Respeite seu organismo e otimize seu metabolismo fazendo refeições fracionadas e não dispensando em hipótese alguma o lanchinho pré treino.


Matéria publicada pelo site Veja São Paulo

sexta-feira, 14 de março de 2014

11 hábitos que parecem ótimos para a saúde, mas não são


Passar protetor solar demais e fugir do sol, e comer muitos alimentos light são alguns dos costumes que parecem ser sempre bons, mas podem esconder riscos. 

Tomar suco em vez de comer a fruta nem sempre é a melhor escolha, segundo nutricionista

A consciência sobre a importância de adotar hábitos mais saudáveis já não é novidade, mas muitas pessoas podem prejudicar a saúde (ou não fazer o melhor para o organismo) pensando que, na verdade, estão fazendo a escolha mais indicada para o corpo.

Em nome de emagrecer ou de reduzir a quantidade de açúcar da dieta, há pessoas que optam por alimentos light e diet em quantidade excessiva. O problema está no fato de que alguns desses itens têm redução de nutrientes importantes, em relação à versão normal.

“Um iogurte light, por exemplo, pode até ter menos calorias, mas tem mais soro de leite do que leite propriamente dito e ainda são usados espessantes, corantes e outros aditivos industrializados. Seria mais saudável comer o normal”, afirma Rosane. Outra questão levantada pela nutricionista é a de que, muitas vezes, as pessoas comem mais só porque o alimento é diet, o que pode até levar à engorda.

Substituir leite de vaca por leite de soja

A não ser que se tenha intolerância a lactose, deixar de tomar leite de vaca para consumir apenas leite de soja pode ser uma ideia ruim, de acordo com a especialista. A bebida de soja tem fibras, proteína e vitamina B, mas não possui nem 30% da quantidade de cálcio do leite comum e o processo industrial e químico pelo qual passa pode ser prejudicial.

A nutricionista ainda chama a atenção para a considerável probabilidade de essas bebidas causarem alergia, quando consumidas em exagero, e para o desconhecimento a respeito dos efeitos da soja transgênica (usada por algumas marcas) para a saúde. O controle no consumo ainda deve se estender aos sucos feitos à base de soja.

Substituir refrigerante comum por diet/zero

Se tomar refrigerante comum já é ruim para a saúde, beber sua versão diet é ainda pior. Além de não ter nenhum nutriente que poderá ser usado para o bom funcionamento do corpo, o líquido tem grandes quantidades de corantes e aromatizantes que causam diversos problemas de saúde, dentre eles a sobrecarga do fígado e do rim. Apesar de não ter açúcar em sua fórmula, o refresco fica doce devido ao aspartame, substância associada a problemas como dor de cabeça, fadiga, ansiedade e compulsão por comida.

Fazer atividade física só no final de semana

Os atletas de final de semana estão expostos a muito mais riscos do que benefícios com a prática de atividades físicas sem uma rotina e sem acompanhamento de um profissional da área. Praticar esportes informalmente uma vez a cada sete dias não faz diferença significativa para a perda de peso ou para melhorar a saúde e ainda pode ser a causa de lesões musculares e problemas cardíacos, principalmente em atividades que exigem preparo físico, como o futebol. Para dar mais preparo, é importante também se exercitar durante a semana, de preferência com a orientação de um educador físico.

Deixar de comer arroz com feijão à noite

Com medo de engordar, muita gente deixa de comer o tradicional arroz com feijão na hora do jantar. Mas, segundo Rosane França, restringir o consumo não ajuda em nada. Pelo contrário. “Feijão com arroz é a combinação proteica perfeita. Não faz mal comer à noite. Só faz mal, se a pessoa jantar às 22h e dormir às 23h. Se ela comer às 20h e dormir às 23h, não tem problema nenhum”, afirma.

Tomar suco em vez de comer a fruta

Ao contrário do que algumas pessoas podem pensar, tomar um suco de fruta não é equivalente a comê-la, é pior. A nutricionista afirma que a melhor opção, neste caso, é comer e não beber. Isso porque, além de ingerir mais fibras (quase que eliminadas pelo processamento do alimento), a quantidade de calorias consumidas é menor, já que um copo de suco costuma levar mais de uma unidade.

“Para fazer um suco de laranja, são necessárias pelo menos duas frutas, mas, se for para comer, ninguém come mais de uma”, diz. 
E a ilusão de que os sucos são sempre a melhor opção ainda pode causar o ganho de peso, se houver excesso, pois são consideravelmente calóricos. 


Matéria publicada pelo site Exame

quinta-feira, 13 de março de 2014

Falta de atividade física pode matar


Embora nunca tenha se falado tanto sobre vida saudável como hoje, é contraditório o aumento do número de pessoas sedentárias, que não gastam o que consomem. Em 2004, o sedentarismo era o quarto fator de risco e hoje é o segundo, perdendo apenas para a hipertensão arterial. “Isso acontece porque não há uma percepção de que o sedentarismo mata. Para as pessoas, o que mata é a hipertensão, o diabetes e o câncer”, afirma a médica Sandra Matsudo, do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs).
Nos tempos atuais, gasta-se uma caloria a cada sete consumidas. Na Era Paleolítica, essa relação era de uma gasta a cada três consumidas. “Acredito no equilíbrio. As pessoas têm que buscar o seu balanço energético, ou seja, gastar o que consomem. Não tem mágica para isso, é uma simples soma”, resume ela. Segundo a especialista, o estilo de vida é responsável por 50% das causas das principais doenças que mais matam, como infarto, AVC e câncer.
“Temos 50% de chance de evitar essas doenças. Basta optar por mudanças de hábitos que incluam atividades físicas”, avalia. A recomendação é de pelo menos 30 minutos de atividade física moderada, de forma contínua ou acumulada – duas sessões de 15 minutos ou três sessões de 10 – pelo menos cinco vezes por semana.
“Essa rotina diminui em 84% os riscos de infarto e em 36% os casos de câncer, além de reduzir os riscos cardiovasculares e de hipertensão, mesmo no caso de fumantes”, ressalta. A má notícia é que mesmo quem faz atividade física regularmente deve se preocupar com o tempo que permanece sentado ao longo do dia. Dados recentes mostram que esses casos apresentam um aumento de 40% nos fatores de risco de doenças cardiovasculares.
Segundo uma pesquisa, uma média de seis horas todos os dias sentado em frente ao computador ou à TV corresponde a cinco anos a menos de expectativa de vida. “A orientação é se movimentar por 10 minutos a cada uma hora sentado. Atender ao telefone andando ou colocar o notebook numa mesa mais alta para digitar em pé são boas dicas para quem trabalha em escritório”, sugere.

Fonte: A Tribuna de Mato Grosso

quarta-feira, 12 de março de 2014

Qualidade de Vida aos Altaneirenses

Está criado o mais novo blog altaneirense: ALTANEIRA SAUDÁVEL. Através do blog você terá dicas de saúde e qualidade de vida e algumas recomendações de estudos conceituados para cuidar melhor dos seus hábitos. O objetivo das postagens será a melhora da sua rotina, tornando-a mais produtiva na sua casa, no seu trabalho e prevenindo doenças e desconfortos com práticas saudáveis e gostosas.

Fique por dentro de novidades sobre atividade física, alimentação, sono e variadas práticas e aproveite da melhor forma possível.

Sejam Bem Vindos!
Ranon Tenório da Silva
Personal Trainer